O Sumiço da Sereia Iara
Evelyn Heine
O mar bem azul e a areia amarelinha
de sol.
Mas estava um silêncio só!
Os peixes não ouviam nada e
estranhavam:
- Onde está o nosso som? – perguntavam.
O golfinho deu um salto e olhou tudo por cima.
- Onde anda esta menina?
O silêncio até doía.
Era hora da cantoria.
Uma onda, então, fez “chuááá!”.
Mas não saía o dó nem o fá.
Ela não sabia cantar.
Todo mundo com aquela cara...
- Onde anda a Sereia Iara?
Os peixes saíram de perto.
E a resposta era que não.
Pescador foge da Iara por causa do
seu cantar,
que é tão bonito e doce,
que ele nem quer mais voltar.
Então o peixe-elétrico iluminou bem o
mar.
E os outros foram que foram... a
sereia procurar.
Depois de alguns minutos:
- Aqui, aqui! – gritou o siri.
Muda, sem ar...
Engasgada com uma tampinha!
O polvo bateu nas costas, com dois ou
três dos seus “braços”.
A tampinha voou longe.
E então ganhou mil abraços.
- Quem é que faz isso, gente?
Joga besteira no mar?
- Eu não sei, sinceramente...
Mas é coisa de envergonhar.
Os amigos se juntaram
E fizeram uma limpeza.
Depois a sereia cantou
Tão bonito! Uma beleza!
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