Quanto mais simples, melhor!

Depois de tanta complicação, parece que só há uma saída para o mundo: simplicidade.
Faz tempo que acho isso, mas agora ouço falar aqui e ali a mesma opinião. O homem sente falta de uma vida mais natural e leve. Cada vez tem menos tempo, que está virando a coisa mais preciosa da humanidade. O tempo! Para ficar com a família, os amigos, ler, ouvir música, pensar na vida, parar e respirar fundo. Só isso.

Esta pequena reforma da ortografia portuguesa também é um passo para deixá-la um pouquinho mais simples. Não é a primeira que acontece, nem será a última.
E mesmo que mude só 0,5% das palavras do nosso dicionário, servirá, pelo menos, para que as pessoas prestem um pouco de atenção à matéria: o Português.
Nas conversas entre amigos, já ouvi muitos deles dizendo que nem sabem as regras de acentuação. Usam os acentos pela intuição mesmo, só de memória.
Como alguém entenderá a mudança do que nem conhecia direito?

Como eu já disse aqui, os acentos servem, basicamente, para indicar qual é a sílaba forte de uma palavra. Pensando assim, como as palavras em inglês não têm acento NENHUM? Como lá eles sabem qual é a sílaba tônica de cada palavra? Ora! De ouvido, de memória!

Será que em alguma reforma do futuro não sumirão todos os acentos do Português de uma vez? Já imaginou a revolta dos gramáticos e dos mais instruídos?
Mas, talvez, simplificando o máximo possível, mais gente consiga ler e escrever direito. Hoje, estamos muito longe disso.
O Português é considerado um idioma muito rico, mas sua riqueza não está na complicação, e sim, na grande quantidade de palavras. Seria tão bom se mais gente no mundo fosse capaz de conhecê-las.